PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DAS DORES
Condado-PE
Pároco: Pe. Elias Roque da Silva
Vigários:
A Paróquia de Nossa Senhora do Ó, por muitos anos, sediada na atual Vila de Tupaóca, foi desmembrada da Freguesia de Nossa Senhora do Rosário, de Goiana, pela Lei Provincial nº 461, de 02 de maio de 1859. Em 27 de dezembro de 1929, a sede foi transferida para a Vila de Goianinha, hoje, Condado, sendo designado e empossado pelo Bispo Dom Ricardo Vilela para Vigário o Pe. Alberto, perante os primeiros fiéis Camilo Barbosa de Albuquerque, Pedro de Albuquerque Malheiro, Manuel Rodrigues do Nascimento, Afeu Marques da Fonseca, Gerôncio de Albuquerque de Mendonça, as Associações Religiosas com: Apostolado da Oração, as Mães Cristães, as Filhas de Maria, etc. e numerosa multidão que já professavam a fé católica. A Paróquia do Condado ou Paróquia de Nossa Senhora das Dores, como é geralmente chamada, não teve logo nenhum dos dois nomes pelos quais conhecidas. Vejamos o que escreveu o Sr. Bispo Diocesano Dom Ricardo Vilela, em 21 de outubro de 1945, no livro de tombo paroquial: "Mandamento – mandamos que o nome desta Paróquia seja o que lhe pertence, evitadas uma vez por todas expressões injustificadas: Paróquia de Nossa Senhora do Ó, com sede em Goianinha (não Condado). O nome civil seja respeitado, como de direito nas correspondências, dando-se sempre ao Revmº. Pároco o título: Pároco ou Vigário de Nossa Senhora do Ó – cidade ou Vila do Condado". Convém notar que, naquela época, A Vila tinha pretensões de cidade, conforme se depreende na referência final do mandamento episcopal. A Paróquia de Nossa Senhora do Ó – do Condado (nome recomendado pelo bispado) abrangia os municípios do Condado e Itaquitinga o distrito de Tupaóca, Macujê, Santa Luzia e Chã do Esconso (ambos do Município de Aliança), a Usina Matary (do município de Nazaré da Mata) e os engenhos da redondeza. Em 14 de abril de 1934 toma posse como Vigário o Padre Joaquim Peixoto de Alencar, também autor de um livro contra o Padre Cícero e egresso da Diocese de Petrolina. Quando o Pe. Antônio Leitão de Melo, nascido no Município de Macaparana, havendo-se ordenado em 29 de junho de 1941, foi nomeado Vigário ecônomo para esta paróquia, por provisão de 28 de dezembro de 1942, era cooperador em Timbaúba. Rigoroso na disciplina e na liturgia, inteligente, com 25 anos de idade e com vontade de trabalhar, aqui chegando, não se fez de rogado. O templo era pequeno, não correspondia as necessidades de Matriz e avançava demais para o leito da rua. Derrubaram a antiga capela, construída no século passado, e construir um novo e amplo prédio no mesmo local, obedecendo ao alinhamento das casas, era uma temeridade. E depois disso, fazer a residência do Vigário e um salão paroquial, ali pertinho da Igreja, era demais. Porém, o jovem Pároco não vacilou. Dom Ricardo Vilela, ao saber das intenções de seu representante, não gostou, achou estripulia de gente moça. No entanto, o seu representante não era um simples projetista de quimeras, não se dava a brincadeira de fazer castelos de areia na beira mar. Não era um sonhador fantástico, era um idealista com os pés na terra, ele tinha uma alavanca à mão e se dispunha a levantar o peso. Através do púlpito, ele preparou os paroquianos para, sob seu comando, toparem o desafio. E assim aconteceu e com muito êxito. Se perda de tempo, os alicerces do novo templo começaram a ser cavados, circundando, tanto quanto possível, a pequena Igreja de Nossa Senhora das Dores, a mesma que acumulara o movimento da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, quando esta ruíra em 1875. A população assistiu com deslumbramento ao fim de um prédio e ao surgimento de outro no mesmo local. O vigário estava ali, suado e de batina suja de terra. A seu mando, o pedreiro-mestre Pedro Timóteo trabalhava a todo vapor com o seu pessoal do pesado. Todos se sentiam como contagiados do entusiasmo que o novo apóstolo espargia. Católicos praticantes ou não, dentro de suas posses, todos contribuíram afim de a esperançosa Vila se tornasse uma sede de Paróquia à altura da jurisdição que abrangia. Ninguém dava muito, mas, cada uma dava um pouco para que a obra prosseguisse. Foi um dia de vitória para o Vigário e de revigorada confiança para a comunidade, o 23 de março de 1944, quando o Pe. Leitão, acompanhado do pedreiro-mestre subiu ao simo da torre e lá colocou a cruz. O grande acontecimento, sem a merecida festividade, ocasionou a alegria na consciência de todos. A cruz lá no alto traduzia o símbolo da vitória. Paredes erguidas, torre ensimada, sinos no lugar, portas assentadas, imagens nos altares já era a nova matriz funcionando em toda a plenitude. Reboco, forro, pintura e outros acabamentos prosseguiram sem perdas de continuidade. É deveres satisfatórios proclamar agora que, durante a derrubada de uma Igreja e a construção de outra, o culto religioso não sofreu interrupção alguma. Em abril de 1945, Pe. Antônio Leitão de Melo deixou o Condado para ser coadjutor em Timbaúba. De 1950 a 1952 esteve aqui novamente como Vigário, período em que vendeu a casa paroquial situada hoje na Avenida 07 de setembro, 262, e construiu uma outra, modesta embora, ao lado da matriz e na frente da casa fez o salão paroquial onde instalou uma escola, com professora paga pela prefeitura de Goiana e colocou as vidraças da Matriz. Hoje, o nome de Paróquia do Condado é oficialmente reconhecida pela Diocese. A pequena Igreja a que se refere Frei Caneca, existente em 1824, era a de Nossa Senhora da Conceição que posteriormente, entrando em ruína, as imagens foram transferidas a Capela de Nossa Senhora das Dores. Manuel Rodrigues Baracho, mais conhecido pela alcunha de Manuel Alemão, residia em Goianinha e viajava sempre para o sertão a fim de comprar gado para revenda. Com o tal negócio, ele fez regular pecúlio e resolveu construir uma nova Igreja e, em observância a sua devoção, a construiu sob a invocação de Nossa Senhora das Dores, gastando Dez Contos de Réis, para que fosse cumprida a sua vontade, se fazia necessário constituir um patrimônio o que ele satisfez com a doação do sítio coelho, formado de partes de terras do Engenho Retinho e do Engenho Bonito, razão porque o tal patrimônio se localiza entre os dois engenhos. Presumivelmente, o ano de 1860 (conforme pesquisa de Álvaro Guerra, publicada em seu "Analécto Goianense" foi concluída a capela de Nossa Senhora das Dores. Para se fazer na mesma a instalação do Santíssimo Sacramento era necessário construir o patrimônio do Santíssimo Sacramento o qual se formou com a doação de dois terrenos, um encravado na propriedade Prata e o outro no Engenho Macaco (hoje Boa Esperança). O tempo foi passando e vários líderes contribuíram para o crescimento da Igreja; com seu testemunho, anunciando o Evangelho, professando a fé, promovendo grandes eventos religiosos, e arrebanhando o povo de Deus. Foram eles:
Pe. João Firmino Cabral de Andrade (1932-1934);
Pe. Antonio de Albuquerque (1934-1938);
Pe. Renato Corrêa Guedes (1938-1942);
Pe. Antonio Leitão (1942-1945);
Pe. Luiz Crescêncio Pereira (1945-1946;
Pe. Antonio Maria Gonçalo da Silva (1946-1950);
Pe. Antonio Leitão (1950-1953);
Pe. Dionísio van Lil (1953-1956);
Pe. Benidito Macedo (1956-1967);
Pe. Severino Caetano da Silva (1967-1985);
Pe. Adolfo Lipiec (1985-1990) ;
Pe. Paulo Lima (1990-1991);
Pe. Nelcir Marcos Ramos (1991-1999);
Pe. Antonio Inácio Pereira (1999-2001).
Vale também lembrar dos padres que passaram pela nossa cidade interinamente, ou seja, conviveram pouco tempo em meio a comunidade Condadense, em alguns casos reduzidos à meses e até semanas: Pe. Gentil Diniz Barreto, Pe. Manoel de Andrade Lima, Pe. Carlos Neves Calábria, Pe. João Guilherme, Pe. Manoel de A. Lima, Pe. Fernando Pessoa, Pe. Antônio Saraiva de Menezes, Pe. Geraldo Wyppis, Cônego Fernando Pessoa, Pe. Leão Kuijers, até o Bispo Dom Manoel Lisboa também teve a sua passagem de contribuição em nossa comunidade católica. Hoje a nossa comunidade está sobre a liderança do Revmº. Padre Elias Roque da Silva que junto a esta comunidade de fé vem dando continuidade aos trabalhos pastorais, assim criando novos movimentos tais como: Pastoral da Criança e Carcerária, Infância Missionária (esta em formação), anexando-as às demais pastorais e movimentos, formando um pastoral de conjunto em prol da evangelização e da formação do Reino de Deus.
Fonte: http://acolitoscondado.blogspot.com/2008_09_01_archive.html